terça-feira, 1 de junho de 2010

Alhos Vedros

ALHOS VEDROS: D. João l refugiou-se em Alhos Vedros durante a epidemia de peste que assolou Lisboa e vitimou sua mulher, D. Filipa de Lencastre. Foi também em Alhos Vedros que o mesmo monarca autorizou seus filhos a organizar a expedição a Ceuta. Em 1514 foi-lhe concedido foral por D. Manuel l. Origem do nome: “Alhos Vedros representa uma sorte de excepção, porque o adjectivo “vedro” (lat. Vetulu) ao menos marcar-lhe-á o século Xlll, o mais recuar, o Xll. O nome principal Alhos, é perfeitamente português e, já se vê, desse tempo; e a sua ligação ao adjectivo arcaico vedros apenas pode, talvez significar que a povoação já existia, embora pequena, quando se fez o repovoamento após a tomada de Palmela, eliminando-se provavelmente a designação primitiva (talvez pelo menos arábica): o nome seria sugerido pela flora local dominante e a vetustez do povoado determinaria a aplicação do adjectivo”. (Dr. Xavier Fernandes – 1944). A tradição diz-nos que, num Domingo de Ramos, os mouros de Palmela assaltaram os cristãos de Alhos Vedros quando estes se encontravam na igreja. Os cristãos saíram do templo e atacaram os mouros, servindo-se apenas das palmas e dos ramos bentos. E, apenas com estas armas, conseguiram uma grande vitória. A partir deste acontecimento, começou a celebrar-se anualmente naquele Domingo, depois da cerimónia dos Ramos a que assistia a Câmara, uma grande festa dedicada à Senhora dos Anjos.
A exploração das salinas, que ainda se verifica, foi muito importante para a economia da povoação.

Em: http://www.terravista.pt/baiagatas/2172/portugal/almada.htm, de Carlos Leite Ribeiro

(enviado por Fernanda Gil)

Sem comentários:

Enviar um comentário